Supernova foi detectada no local em 1979 e pode ter dado origem ao objeto.
Fenômeno está localizado a 50 milhões de anos-luz da Terra.
Astrônomos da Nasa afirmaram na segunda-feira (15) ter descoberto o buraco negro mais jovem já registrado. Localizado na galáxia M100, o objeto provavelmente surgiu após a explosão de uma estrela com muita massa, fenômeno conhecido como supernova e que foi detectado por astrônomos na Terra em 1979. Teria, portanto, apenas 30 anos de existência, desde a ocorrência da explosão.
A idade diz respeito à detecção do fenômeno feita na Terra já que o corpo está distante 50 milhões de anos-luz. Observações feitas com os telescópios Chandra e Spitzer, da Nasa, e do Very Large Telescope, do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) permitiram a descoberta. A galáxia M110 está localizada na direção da constelação de Virgem, em um aglomerado de galáxias com o mesmo nome.
Catalogada como SN1979C, a explosão marcou o fim de uma estrela muito massiva, detectada por um astrônomo amador no final da década de 1970. Caso a interpretação agora dada pelos cientistas ao destino da supernova seja correta, o buraco negro teria se originado a partir dessa destruição, após os resquícios do grande astro formarem um objeto com grande densidade e dimensões pequenas.
Caso confirmada, a análise da supernova é válida aos estudiosos pois fornecerá dados sobre os estágios iniciais do nascimento de um buraco negro.
Buracos negros Buracos negros são corpos muito densos, com dimensões menores que as dos planetas do Sistema Solar. São o estágio final da evolução de estrelas muito pesadas, algumas com milhares de vezes a massa do Sol, que duram apenas milhões de anos e explodem como supernovas.
No centro de cada buraco negro há um objeto sem dimensão e com densidade infinita conhecido como singularidade. Neste local nem mesmo a luz consegue ter velocidade suficiente para escapar. A região em volta de uma singularidade recebe o nome de buraco negro.
Toda informação desta região não consegue ser detectada de forma direta, uma vez que a velocidade da luz é o limite conhecido para o deslocamento de qualquer fenômeno.
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